segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sobreviver ao desemprego de longa duração


Como manter a sanidade mental quando a procura de emprego parece não ter fim

Quando Sharon McRill foi despedida do seu emprego cómodo numa livraria, pensou que nunca iria recuperar.


"Passei os três primeiros dias enroscada no sofá, a chorar o que eu julgava ter sido a melhor oportunidade da minha vida," recorda Sharon McRill que vive em Michigan.

Na verdade, segundo os especialistas, perder um emprego é uma das coisas mais difíceis com as quais uma pessoa terá de lidar durante a vida, para além da morte e do divórcio. "É uma ruptura muito grave no mundo de uma pessoa," refere o Dr. Robert London, psiquiatra no Langone Medical Center da Universidade de Nova Iorque. "Não importa se é um executivo ou um condutor de autocarro; a identidade de uma pessoa está muito relacionada com o seu emprego. E, pode ser devastador para uma pessoa ver-se sem essa identidade de repente."


É precisamente por isso que é normal uma pessoa sentir-se completamente em baixo nas primeiras semanas após estar desempregada. Contudo, quando esta situação se prolonga, sem nenhum novo emprego no horizonte, esta tristeza pode dar lugar a uma grave depressão. "É fácil começar a acreditar em pensamentos de insegurança em relação a si próprio, como por exemplo, Não arranjo emprego porque não presto," explica o Dr. London, que sublinha que, mesmo que uma pessoa pense que não está em baixo, se passa o tempo a dormir, não quer estar junto de outras pessoas e/ou tem dores físicas e enxaquecas inexplicáveis, tem uma grande probabilidade de estar deprimida.


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